segunda-feira, 9 de abril de 2018

Visita de estudo a uma quinta sustentável


O Planeta Alecrim, no dia 2 de Março de 2018, foi a Alegrete, aprender mais sobre sustentabilidade numa quinta.


Estufa em forma de dome geodésico
Fomos ao Souto Queimado porque é a quinta do nosso amigo Zé Paulo. Ele convidou-nos para ir visitar e aprender com ele.
Quando lá chegámos, ele estava à nossa espera. Começámos por ver um monte de chichi e cocó e o Zé Paulo disse que serve para guardar os nutrientes que alimentam as plantas.

Plantas invasivas.

Depois vimos as favas, que já tinham flor. Também tinham sido plantadas outras coisas, como por exemplo, espinafres, mas estes não pegaram porque as ervas daninhas não deixaram e também por causa das tempestades. Às ervas daninhas também podemos chamar plantas invasivas porque tiram os nutrientes que alimentam as plantas. Algumas ervas daninhas são boas e podem servir para comer, em sopas ou saladas, e para beber em chás. Algumas podem ser medicinais.


Dentro da estufa para plantas, o Zé Paulo explica como a construíu.


Perto da estufa, antes de entrarmos, vimos um "berçário de plantas". Aqui plantam-se as sementes até germinarem, depois vão para a estufa que é feita com paus colocados em forma de estrela. Esta construção chama-se dome geodésico e tapa-se com plásticos, deixando duas aberturas para não voar.


O berçário de plantas, onde crescem as sementes.


As estufas servem para proteger as plantas e para elas crescerem mais rápido. Algumas plantas, como por exemplo, as alfaces, não gostam nada do inverno (das geadas, muita água e vento forte). Outras não gostam do sol tão forte do verão.





Quando saímos da estufa, percebemos que a terra que já tinha estado pronta para semear, ficou "destruída" com o excesso de chuva. A água levou o chichi e o cocó, e com eles, os nutrientes.




Também as batatas que já estavam na terra, apodreceram com o excesso de água. O Zé Paulo tinha que plantar novas batatas e nós ajudámo-lo a fazer as contas: Ele tinha dez batatas para semear, cortou-as ao meio e plantou-as todas. Ele ensinou-nos que cada metade de batata pode dar dez novas batatas.Quantas batatas o Zé Paulo vai colher?
Provavelmente... duzentas!


Quantas batatas vou colher?


Depois, no galinheiro, vimos uma galinha que descobriu um sítio com palha, quente e fofinho, para chocar os seus ovos. Era uma galinha choca. Havia também galinhas poedeiras, que põem ovos para nós comermos. E não chocam.

No galinheiro.


Havia ainda, um lago artificial que regava toda a horta. Esse lago era abastecido por uma nascente situada num ponto mais alto, para a água descer por gravidade. Também podemos tomar lá uma banhoca no verão, porque a água é natural e limpa. O lago é muito perto da nascente e a água que lá chega ainda não foi poluída.


Lago artificial abastecido por uma nascente próxima num ponto mais alto. A água é canalizada pela gravidade.


A casa do Zé Paulo fica num ponto ainda mais alto do terreno e a água da nascente tem de ser conduzida até lá sob pressão. Na casa de banho, a água é aquecida a lenha num reservatório, como se fosse uma panela grande que, no centro, tem um buraco por onde sai o fumo. Na sanita não se usa água, é uma casa de banho seca. Faz-se chichi e cocó para uns baldes que estão por baixo de uma estrutura de madeira, onde nos sentamos. E depois tapa-se com serradura. Esta mistura vai toda para a compostagem para servir de adubo às plantas.



A energia solar é capturada pelos dois painéis solares, que estão no telhado da casa de banho. Depois essa energia é guardada numa bateria. As paredes da casa de banho são feitas com troncos de madeira e lama e as paredes da casa onde vive eram de pedra sobre pedra e foram revestidas de barro.




Depois de uma manhã a aprender coisas novas, ficámos com muita fome.
Fizemos pizza para o almoço com os ingredientes que havia na quinta e foi muito divertido.




Depois do almoço delicioso entrevistámos o Zé Paulo. Pode-se ver noutra publicação.